O ser humano tem naturalmente o desejo de se sentir importante, o que está diretamente ligado ao instinto de sobrevivência e a satisfação do ego. Em determinado momento da vida todo mundo se pergunta o que está fazendo e o que deve fazer para alcançar a felicidade. No passado, as pessoas pensavam menos e trabalhavam mais, mas mesmo assim grande parte delas eram felizes e satisfeitas com as suas vidas. Atualmente existe uma busca desesperada pela felicidade como se ela trouxesse algum sentido e significado verdadeiro para elas. Se guiar por sentimentos passageiros não pode ser objetivo de nenhuma pessoa, ainda mais quando ela não tem um padrão de vida que possa justificar o mesmo. O pobre beta trabalhador que fica preso dentro de um cubículo durante mais de 8 horas por dia fazendo o que não gosta, sabendo que dificilmente será promovido e sequer ganhando um salário no mínimo decente. A pessoa que estuda durante muito anos e que mesmo tendo um certo destaque na sua área é obrigado a ver pessoas despreparadas pegando uma vaga que poderia ser dele pelo simples fato de ser apadrinhada por outra pessoa. O homem que se cuida, faz academia e procura se desenvolver, mas que é rejeitado seguidamente por mulheres que mesmo abaixo do nível dele acreditam que o padrão mínimo de homem para elas é o de um galã de cinema. O homem que tem filhos para criar e não tem dinheiro para comprar comida. Aquele que se separa da sua ex-esposa que mesmo sendo um escravo do pagamento de pensão não pode ver as crianças. Existem diversos casos de pessoas infelizes por aí que vivem em busca da felicidade, como uma maneira de anestesiar os problemas vividos.
Dizem que por ai que o que importa é ser feliz como se apenas a felicidade desse algum sentido para a vida. A vida é feita de altos e baixos, não se deve lutar contra os sentimentos. O que deve ser feito é aceitar e entender que eles são passageiros. Comportamentos, atitudes e pensamentos não podem ser guiados pelo momento. É essencial o projeto á longo prazo e o auto-conhecimento se alguém quer ter uma vida equilibrada. Muitas dos sentimentos tem origem nos valores, crenças e pensamentos sobre o que está acontecendo. Todos devem sempre buscar o melhor para si e correr atrás dos seus objetivos, mas devem ser capazes também de aceitar o fracasso. Na mídia estão aquelas pessoas que "venceram" sendo um exemplo referencial de sucesso para a sociedade. Mas onde estão as pessoas que fracassaram? Onde estão as pessoas que perderam? Elas são esquecidas e elas são a grande maioria. Pegar uma pessoa que fez sucesso não pode servir de parâmetro em um contexto que é muito mais complexo do que a simples vontade de vencer. Se alguém tem a oportunidade de fazer algo que gosta e que ao mesmo tempo dê melhores condições de vida para ela, que faça pois está sendo lidado com o melhor de ambos os lados. Se alguém não faz o que gosta, porém acha que vale a pena continue. Se alguém faz o que gosta e acredita que não vale a pena, então saia da atual condição. A verdade é que grande parte das pessoas espera que algo ou alguém possa responder as suas perguntas mais íntimas. No final, poucas pessoas tem a real capacidade de ajudar, sendo que a própria é a única responsável pela sua vida.
Estamos apenas de passagem, por mais que queiramos fazer algo que faça á diferença, no fundo é apenas a manifestação do ego. Todos nós seremos esquecidos por mais importantes que tenhamos sido para a humanidade. É necessário pensar menos e viver mais. Entender que a vida é feita de fases e que a grama do vizinho sempre parece mais verde. Uma coisa é certa: a grama no vizinho muitas vezes não é mais verde que a sua, ás vezes ela está pior do que a sua, mas a falha visão humana enxerga o contrário.
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